30/04/2019

Bancos private label são tendência para empresas que buscam cortar custos e expandir produtos

Por meio de plataformas customizáveis, companhias de outros setores vão começar a oferecer serviços bancários

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Bancos private label são tendência para empresas que buscam cortar custos e expandir produtos

Na esteira da popularização dos bancos digitais, a tendência é que empresas de outras áreas também passem a oferecer serviços como conta corrente, transações e cartões de débito e crédito. A avaliação é de Alex Silva (escolaempreendedordigital.com/alex-silva-investimento-bitcoin), consultor especializado em finanças on-line. Ele aponta que o modelo de private label banking é atrativo tanto para companhias que desejam reduzir custos e criar uma infraestrutura própria para que seus funcionários recebam e controlem o salário, quanto para aquelas que buscam explorar um mercado ainda muito concentrado no país.

“Hoje qualquer companhia pode ter um banco”, diz Alex, ao fazer uma analogia com a evolução dos e-commerces para ilustrar a evolução que permitiu esse cenário. Uma década atrás, quem criava uma loja virtual precisava desenvolver toda a plataforma do zero. Atualmente, diversos serviços permitem customizá-la de maneira simples, a partir de templates que já estão prontos – o que permite o acesso a negócios do tipo mesmo para empreendedores que não dominam o know-how tecnológico. “Da mesma forma, temos soluções que oferecem uma infraestrutura bancária que pode ser adaptada para determinada marca”, explica.

Do ponto de vista prático, uma das maiores vantagens é a redução dos custos bancários. Para um negócio com mil funcionários, por exemplo, o consultor estima que a economia pode chegar a 70% ao substituir uma instituição tradicional para depositar o salário da equipe por contas geridas pela própria companhia. Os empregados também saem ganhando, com tarifas mais baratas e serviços como DOC e TED com custos menores, por exemplo.

Modelo em prática

Circunscrito ao mercado financeiro, o modelo de private label já é uma realidade. Nos Estados Unidos, uma empresa chamada Bancorp é responsável pelo backend de diversos bancos digitais, ou seja, marcas que customizaram uma plataforma que já estava pronta. Alex Silva aposta que este movimento deve escapar do cercado das fintechs.

“A tecnologia existe e já está bem próxima de nós. Além disso, a partir do momento que crio algo do tipo para meus colaboradores e funciona, porque não abrir para o mercado?”, questiona. Claro, há a dificuldade em competir em um setor extremamente fechado, mas o próprio surgimento dos bancos digitais mostra o quanto o público está carente de novos serviços financeiros.

Em alguns casos, é possível usar uma marca forte para catapultar essa nova frente de trabalho. O Corinthians, por exemplo, lançou um cartão pré-pago atrelado a uma conta digital por meio da plataforma ViViPAY. É uma mostra de como o Brasil segue a tendência, segundo Alex, que trabalha atualmente num projeto de private label para uma rede varejista.

A médio prazo, ele vê, inclusive, perspectivas de integração com outros produtos financeiros que nasceram na internet. “Você pode ter uma tecnologia blockchain dentro do sistema, o que permitiria fazer transações com criptomoedas direto do banco e até receber um salário em Bitcoins. Seria muito interessante”, aponta. 

Sobre Alex Silva

Consultor de negócios digitais. Profissional com 20 anos de experiência em diversas áreas tecnológicas, Alex oferece mentoria para pessoas interessadas em começar a investir em Bitcoins e outras moedas virtuais. Além disso, trabalha junto a empresas para desenvolver soluções que se adequem a um novo ecossistema de negócios na web. escolaempreendedordigital.com/alex-silva-investimento-bitcoin.

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