17/04/2018

Economia: Eleições serão gatilho para novo ciclo de altas da Selic

Após queda histórica da taxa básica de juros, REAG Investimentos prevê aumento para setembro de 2019

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O mercado ainda está se acomodando após a taxa Selic atingir o menor nível desde sua criação, em 1996, e os investidores estão cautelosos para novas aplicações. Nem dólar nem inflação vão conseguir impactar consideravelmente a taxa básica de juros que só deve voltar a subir após as próximas eleições presidenciais, segundo a REAG Investimentos (www.reag.com.br), uma das maiores gestoras de fundos de investimentos no Brasil.

“Existe um forte ‘colchão’, ou seja, medidas amortecendo o déficit público, que após o período eleitoral pressionará uma nova alta. Efeitos práticos serão sentidos, como o aumento nos preços administrativos e a dívida líquida do setor público que começará a subir”, analisa Simone Pasianotto, economista da companhia, que estima que o ajuste acontecerá em setembro de 2019. Hoje, o déficit representa 52% do PIB, em setembro será 55,9% e vai fechar o ano em 56,6%; diante desse cenário, será inevitável elevar a taxa básica de juros.

Impacto da Selic para o consumidor

Há pouco mais de um ano com os juros em 14,25%, o Brasil liderava o ranking mundial de maiores juros reais. Com a Selic próxima de 6,25%, o país caiu para sexto lugar, atrás de Turquia, Argentina, México, Rússia e Índia. As taxas continuarão baixas até o final do 1º semestre de 2019, porém Pasianotto alerta que o consumidor não terá tempo de sentir esse impacto: “Ainda mais quando se trata de baixos juros bancários. O spread é muito alto no mercado brasileiro e impede que o custo do crédito seja menor para o consumidor. A taxa Selic tem uma influência direta, mas não consegue evitar isso”.

O spread bancário do país é o segundo maior do mundo (39,6%) e é sete vezes maior que a média mundial, que representa 5,47%, de acordo com o Banco Mundial.

Cenário 2022

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), marcada para maio, deverá resultar em uma nova e última redução da Selic, porém o panorama dos próximos quatro anos, de acordo com estimativas da REAG Investimentos, é otimista. O cenário até 2022, se um presidente pró-mercado for eleito, é de juros e inflação equilibrados, com o PIB per capita crescendo entre 10% e 15%, refletindo no aumento real do poder de compra e o IBOVESPA com sucessivas quebras de recorde de valorização, passando dos atuais 80 mil pontos para aproximadamente 120 mil ao final do mandato do próximo presidente.

Sobre a REAG Investimentos

Plataforma de negócios independente que desenvolve soluções financeiras customizadas. Está entre as 100 maiores gestoras do mercado brasileiro de acordo com o ranking da Anbima – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais – e entre os três líderes estruturadores de Fundos de Investimento Imobiliários pelo ranking da Uqbar, empresa especializada em finanças estruturadas.

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