23/12/2016

Mobile health e inteligência cognitiva são novas apostas da medicina

Saiba quais são as inovações e tendências no uso de tecnologia para prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças

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Dr. Sintomas

Uma plataforma que avalia sintomas para sugerir os diagnósticos mais prováveis. Uso de inteligência artificial para análise de imagem de casos raros. Um relógio de pulso que ajuda o usuário a se responsabilizar pela sua saúde. Esses são só alguns exemplos de como a tecnologia está cada vez mais a serviço da medicina. Marco Scabia, cofundador da startup Dr. Sintomas, comenta algumas tendências sobre o tema:

Saúde móvel em todos os devices

Os avanços do mercado de wearables, como o Apple Watch, Fitbit e outros aparelhos digitais que podem ser “vestidos” abriram caminho para a coleta de dados diretamente do corpo humano. Hoje, já existem devices que fornecem dados úteis para a saúde, como: qualidade do sono, batimentos cardíacos, passos realizados e calorias gastas. “Além disso, estão surgindo outras soluções para realização de exames simples em casa ou por meio de smartphones. Em um futuro não tão distante, com todas essas informações, será possível estudar as chances estatísticas de um paciente ficar doente antes mesmo de apresentar sintomas”, explica Scabia.

A chamada mobile health (saúde móvel) ajudará na medicina de precisão, em que todas as informações disponíveis sobre a pessoa serão aproveitadas, desde hábitos diários até dados genéticos. Atualmente, em ações como o novo prontuário eletrônico no SUS, já ficam armazenados online o histórico médico, resultados de exames, procedimentos e informações sobre o paciente em geral. A longo prazo, a plataforma poderá ser enriquecida com dados coletados pelos devices. Isso diminuirá, por exemplo, o número de exames repetidos sem necessidade e ainda será útil para pesquisadores.

Inteligência cognitiva para um diagnóstico certeiro

Gigantes como IBM, Microsoft e Google estão apostando na inteligência cognitiva para ajudar em diagnósticos, aumentando a precisão e a personalização de tratamentos. No caso da IBM, o foco inicial é o setor de oncologia: o sistema Watson absorveu milhões de páginas de livros e artigos médicos para facilitar a difícil identificação dos variados tipos de câncer e sugerir tratamentos. A ideia é ser uma ferramenta para os médicos, não substituindo o olhar humano. O próximo passo é detectar doenças raras. Já o Google está aplicando a inteligência cognitiva para detectar a retinopatia diabética, com base em imagens do fundo do olho. “Sua manifestação gera cegueira mas, se descoberta no começo, há tratamento. Em testes iniciais, segundo o Google, o diagnóstico da tecnologia foi tão eficaz quanto o de oftalmologistas experientes”, detalha Scabia.

Com previsão de lançamento para o início de 2017 em toda a América Latina, a plataforma brasileira Dr. Sintomas também utiliza inteligência cognitiva para gerar um pré-diagnóstico, cruzando informações personalizadas, como características físicas e doenças preexistentes, com o que o paciente está sentindo para apontar as possíveis causas. O objetivo é auxiliar médicos em um diagnóstico mais preciso, rápido e atualizado. Profissionais da saúde já podem se cadastrar para a versão trial e usuários para compor o banco de dados e ajudar no desenvolvimento colaborativo da plataforma.

Sobre o Dr. Sintomas

Plataforma que utiliza inteligência cognitiva e machine learning para análise de sintomas e indicação das causas mais prováveis. Tem versão para médicos, clínicas, hospitais e universidades, com conteúdo aprofundado, e versão para usuários, em fase de testes, que direciona ao especialista ideal. A base da plataforma conta com mais de 1.000 sintomas e 500 patologias, listadas por 12 médicos, incluindo o Dr. Zeballos, e disponíveis em português e espanhol. A solução foi idealizada por Marco Scabia e Marcos Botelho. 

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