10/03/2016

Reforma previdenciária esbarra na exclusão profissional dos trabalhadores com mais de 50 anos

Pesquisa evidencia proporção inversa entre faixa etária e empregabilidade; apenas 1 em cada 5 entrevistados com mais de 50 anos está empregado

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Segundo a última edição da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, o número de pessoas com mais de 50 anos não economicamente ativas foi de 10,3 milhões de indivíduos em janeiro de 2016 – índice 63% superior ao verificado há dez anos. Com o objetivo de entender a relação entre envelhecimento e trabalho, Edgard Pitta, da consultoria em carreira Alfa Centauri (www.alfacentauricoaching.com.br), desenvolveu a pesquisa “Desafios e Oportunidades de Carreira na Maturidade”.

 

Alfa Centauri

 

*Fonte: Pesquisa “Desafios e Oportunidades de Carreira na Maturidade: Um Estudo com Profissionais Brasileiros”, com 261 entrevistados acima dos 35 anos, desenvolvida por Edgard Pitta, da consultoria de carreiras Alfa Centauri (www.alfacentauricoaching.com.br), entre 30 de abril e 30 de maio de 2015.

 

Os dados foram obtidos em 2015 por meio de um questionário online envolvendo 261 profissionais com mais de 35 anos. Os números aferem que apenas 1 em cada 5 entrevistados com mais de 50 anos está empregado, frente a 1 em cada 2 no caso dos trabalhadores abaixo dos 49. Já entre os que passaram dos 60, somente 1 em cada 20 tem um emprego.

“Com a crise, estes números tendem a piorar. Olhando para outros países os trabalhadores mais jovens e os de idade avançada são os que mais sofrem quando aumenta o desemprego”, aponta Edgard Pitta. Segundo os entrevistados, entre os fatores que contribuem para esse cenário está o modo pelo qual o profissional mais velho é visto pelo mercado. “Embora eles sejam percebidos como mais experientes, comprometidos e sábios, por exemplo, também são considerados menos flexíveis, defasados em relação às novas tecnologias e fisicamente frágeis”, comenta o consultor.

Alfa Centauri

A pesquisa, proveniente da dissertação de mestrado de Edgard Pitta, também constatou que nenhum dos entrevistados quer deixar o trabalho. A aposentadoria aparece apenas como um mecanismo de complementação de renda ou segurança, caso não consigam manter-se economicamente ativos.

“Uma das soluções encontradas é o trabalho autônomo. Além disso, foi possível verificar que a satisfação profissional dos que passam a trabalhar por conta própria é maior em relação aos atrelados a empregos formais”, revela o sócio-fundador da Alfa Centauri, que completa: “Embora os dados sejam resultado de uma amostragem por conveniência, eles representam um recorte verdadeiro da sociedade. É preciso que o governo desenvolva políticas públicas para a reincorporação e manutenção dessas pessoas no mercado de trabalho”.

 

Sobre a Alfa Centauri

Consultoria profissional fundada por Edgard Pitta e Carlos Alberto Alves e Silva (in memoriam). A pesquisa “Desafios e Oportunidades de Carreira na Maturidade: Um Estudo com Profissionais Brasileiros”, desenvolvida por Pitta ao longo de seu mestrado na PUC-SP, teve origem na experiência que ultrapassa os oito anos como coach de carreira. www.alfacentauricoaching.com.br

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