11/03/2019

Relacionamento: 3 passos para construir uma vida a dois na era digital

Com a popularização dos apps de paquera e dedicação às redes sociais, casais deixam de lado o empenho à relação em si; Alessandro Magalhães dá dicas para mudar o jogo

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Alessandro Magalhães

Em tempos de apps para namoro, os relacionamentos tornaram-se muito fáceis, resumidos a dar match ou não e com muito jogo de cintura na hora da conquista, o que por vezes resulta em pouca entrega do casal para engatar o romance. O reflexo desse comportamento já é visível: pessoas cada vez mais preocupadas com suas individualidades e que não conseguem lidar com o amor e seus percalços.

O número de uniões desfeitas nos últimos anos é um sinal amarelo para a fragilidade das uniões na era digital: entre 2016 e 2017 houve um aumento de 8,3% nas escrituras de divórcio, de acordo com dados do IBGE. Esse é um indicador de que a maneira de se relacionar precisa ser reavaliada, segundo Alessandro Magalhães (https://alessandromagalhaes.com), especialista em Programação Neurolinguística (PNL).

“A globalização tem prejudicado os relacionamentos, uma vez que o acesso a tanta tecnologia acaba tornando grande parte das pessoas muito egocêntricas. Elas se expõem exageradamente nas redes sociais, compartilhando viagens, momentos do cotidiano e declarações de amor, mas no off-line não estão dispostas a criar uma conexão real com o parceiro. Então, no momento de um atrito, ninguém se coloca no lugar do outro e a discussão é solucionada geralmente com o término”, avalia o coach. Para reverter essa situação, ele explica em três passos como é possível construir uma relação afetiva feliz e duradoura.

  1. Autoconhecimento

O primeiro passo antes de se entregar a um novo amor é se conhecer e solucionar possíveis questões internas mal resolvidas, como traumas da infância, crenças limitantes ou relacionamentos anteriores que foram tóxicos, para, a partir disso, analisar o que se deseja de uma futura relação. Valorizar a própria companhia é importante para que não seja transferida ao outro a conquista da felicidade. “Erroneamente as pessoas buscam alguém que as completem, acabam por viver a vida alheia e esquecem de cuidar de si mesmos, o que gera frustração e sofrimento. O ideal é que a procura seja por quem aceite caminhar junto diariamente e que possua os mesmos objetivos de vida”, pontua Alessandro.

  • Diálogo aberto

Desde o início é preciso se comunicar claramente sobre o que se espera da relação, se pretende ter algo passageiro ou duradouro, o quanto está disposto a se doar, assim como as limitações, seja a respeito das condições financeiras, disponibilidade de horários e até mesmo emocionalmente. “Apesar de assustar em um primeiro momento, conversas transparentes guiam os casais para que se tenha uma troca mútua, comprometimento e cumplicidade sem gerar falsas expectativas nem frustrações”, diz o profissional. É uma oportunidade de conhecer o outro com mais profundidade e também de amadurecer o contato, identificando como ambos preferem ser ouvidos e qual é a melhor hora de conversar sobre questões sérias.

  • Conquista diária

As tarefas do cotidiano exigem muito, o que não torna incomum que casais só consigam se encontrar no café da manhã e na hora de dormir, por exemplo. Por isso é importante tornar esses momentos especiais. Dedicação e empenho são os pontos-chave e demonstram interesse real sobre o parceiro, ou seja, saber como está o outro, contar como foi o dia e estar disposto a apoiar quando for preciso. “Por vezes tão negligenciada, a palavra tem poder e é preciso ser mais exercitada dentro de um relacionamento. Uma conversa com expressões de motivação ou de apoio tornam o dia mais produtivo, transmite a confiança que o parceiro precisa para enfrentar um obstáculo ou um novo desafio”, conta o especialista.

Alessandro associa a relação afetiva a uma pirâmide, composta por três pilares: a pessoa, a entidade (relacionamento) e o companheiro. É importante avaliar se as tomadas de decisão serão benéficas para os três lados e se o casal está pronto para se doar em todas as circunstâncias. “Se as pessoas se dedicassem na construção dessa união assim como cuidam das redes sociais, com certeza muitos matrimônios não seriam desfeitos”, finaliza.

Sobre Alessandro Magalhães

Coach, Master Practitioner em PNL e Hipnoterapeuta, também promove palestras motivacionais. Começou a carreira na área de TI e em seguida segurança da informação. Em 2004 teve seu primeiro contato com a PNL e desde então passou a investir seu potencial em ajudar as pessoas a se desenvolverem nos diferentes cenários em que atua a Programação Neurolinguística, Coach e Hipnoerapia. https://alessandromagalhaes.com.

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